"Ciência" da primeira impressão fica nas aparências

Um programa mede os rostos e tenta identificar relações entre essas medições e as características de personalidade.


Ciência das emoções

Desde os trabalhos seminais do Dr. Paul Ekman, cientistas tentam por todos os meios descobrir maneiras de detectar as emoções no rosto das pessoas.

Mesmo sabendo que as pessoas costumam atribuir emoções e feições humanas até mesmo aos carros, eles insistem no chamado "mapeamento científico das emoções".
No início deste ano, pesquisadores finlandeses criaram um mapa das emoções conforme elas se expressam em cada parte do corpo.

A última novidade vem pelas mãos do Dr. Tom Hartley e sua equipe da Universidade de York (Reino Unido), que se concentraram exclusivamente no rosto. O trabalho é modesto, baseado no julgamento de apenas seis pessoas, mas o Dr. Hartley afirma ter encontrado uma forma de "calcular matematicamente" como as diferentes dimensões de um rosto podem passar informações sobre a personalidade da pessoa.


Será mesmo?

Mero acaso

A equipe usou cerca de 1.000 fotos, que foram julgadas por apenas seis pessoas, que as classificaram segundo 16 características, como confiabilidade, simpatia e inteligência. Ao final, as fotos foram catalogadas em três grupos: "simpáticas", "líderes" e "atraentes". Os pesquisadores passaram então para o computador, onde desenvolveram um programa para medir os rostos e identificar relações entre essas medições e as características atribuídas pelos seis juízes.

O resultado foi extremamente modesto: o programa conseguiu acertar 58% das avaliações feitas pelos juízes, pouco mais do que o mero acaso - jogar uma moeda para cima vai dar ao redor de 50% de caras e 50% de coroas. Isso não impediu que os pesquisadores se entusiasmassem, dizendo-se surpresos com "o sucesso das taxas de acerto". 

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