Cirurgia plástica depois da gravidez: quais as indicações e riscos

Abdômen e mamas são as partes do corpo que as mulheres mais se incomodam após o período de gestação.

A partir do dia em que o exame da gravidez dá positivo, o corpo da mulher passa a não ser mais só dela, mas dela e da criança. Desde então iniciam as mudanças, que podem ser sentidas logo no início com o aumento de volume nos seios, e em seguida com o aumento da barriga e dos quadris. Porém, apesar de muitas vezes se sentir incomodada ao olhar para o espelho, a mãe não deve se preocupar com essas mudanças durante o período de gestação, e, principalmente, no pós parto. Dietas e soluções mais drásticas, como as cirurgias plásticas, devem ficar para depois.


O Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba – PR, comenta que o período mínimo para uma intervenção deve ser de três a seis meses, e que as cirurgias mais procuradas pelas mulheres são aquelas que envolvem as mamas e a região da barriga.


“É permitido a realização de cirurgia plástica no período pós-parto, mas é altamente não recomendado. E se a mulher tiver amamentando, o tempo de espera pela cirurgia plástica deve ser essencial e respeitado” exalta. O especialista explica que só é recomendado colocar uma prótese mamária ou fazer suspensão passados, pelo menos, três meses depois do término da amamentação.
No caso do abdome, as gorduras localizadas podem ser resolvidas com a lipoaspiração. Porém, Pacheco ressalta que antes de recorrer à esse método, é preciso voltar ao peso normal. "A lipoaspiração não é a solução para quem deseja emagrecer, até porque existe um limite de gordura que podemos retirar - entre 5% e 7% do peso do paciente. Ela é eficaz no caso das gorduras localizadas", relata.


A abdominoplastia é outra intervenção bastante procurada pelas mães, que ajuda na flacidez pós-parto. A gordura fica localizada em grande parte acima da marca da cicatriz cesariana, e a cirurgia corrige a flacidez muscular e remove o excesso de pele e gordura em todo o abdome. “Se for esse o caso, a mulher deve estar preparada para enfrentar as restrições que a cirurgia oferece, como, por exemplo, ficar cerca de seis semanas sem levantar peso – ou seja, nada de segurar o bebê” ressalta.
Para o cirurgião plástico, o principal risco da cirurgia no período pós-parto é o mal resultado. “Se o corpo não estiver no seu estado normal, o médico realiza a operação, mas não tem parâmetros corretos”, declara. Pacheco comenta que no período certo, ou seja, depois do término da amamentação e dos meses em seguida, a paciente já pode estar dentro dos “parâmetros normais”, mas, é necessária uma avaliação médica criteriosa para chegar a essa conclusão.


Porém, antes de ir ao consultório com a cabeça feita e decidida que irá fazer a cirurgia plástica, o médico faz ressalvas importantes que devem ser atendidas pelas mulheres: é preciso respeitar o período pós-parto; se a mãe pretende ter mais filhos é melhor deixar a cirurgia para depois; a mulher deve procurar um cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; qualquer intervenção deverá ser feita em um hospital bem equipado.


  


Doutor Alderson Luiz Pacheco (CRM-Pr 15715)

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