Envelhecimento vocal atinge homens e mulheres

A presbifonia é um processo natural que diminui a extensão vocal e piora a qualidade da voz

CURITIBA, 13/10/2014 – Todo o corpo sente os sinais do envelhecimento. Com a voz não seria diferente. A presbifonia, ou envelhecimento vocal, atinge homens e mulheres e piora a qualidade de voz, e causa problemas na vida cotidiana, como cansaço, falta de ar e dificuldade de ser compreendido ao telefone. Entretanto, com acompanhamento médico e de um fonoaudiólogo, pode ser controlado.

A otorrinolaringologista do Hospital São Vicente – FUNEF, Tatiana Patruni, explica que o início da condição depende da saúde física, psíquica e da história de vida. Nas mulheres, pode-se associar à menopausa, por conta do declínio das funções dos ovários. “Entretanto, o envelhecimento vocal se torna mais perceptível a partir dos 60 ou 70 anos”, detalha a especialista.

Esse processo natural acontece por conta da perda de massa e de tônus da musculatura da laringe, além do enrijecimento das cartilagens laríngeas. “O envelhecimento vocal e da musculatura da boca, faringe e laringe pode provocar alterações na deglutição, facilitando os engasgos e aspirações”, explica a otorrino.

Para se definir o diagnóstico de presbifonia, é necessários exames de imagem, como a laringoscopia direta e exames laboratoriais. Se confirmado, o tratamento é por meio da fonoterapia e devem-se fazer laringoscopias posteriores para acompanhar a evolução do tratamento.

  


Prevenção

A médica Tatiana Patruni conta que as alterações vocais podem ser retardadas e até mesmo evitadas, com um treinamento vocal adequado e contínuo, como o canto ou a própria fonoterapia. “Um bom condicionamento físico durante a vida adulta também contribui”, completa.

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