Frutas e vegetais reduzem o risco de câncer colorretal

O consumo de repolho, couve-flor, brócolis e maçã foram relacionados à diminuição da incidência da doença

O consumo de frutas e vegetais pode ser importante para evitar alguns tipos de câncer colorretal. É o que sugere um estudo publicado na edição de outubro do Journal of the American Dietetic Association. Couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor e brócolis foram associados a uma diminuição na incidência de tumores no cólon proximal e distal. Vegetais amarelos e maçã foram relacionados a um risco menor de câncer no cólon distal.

Câncer colorretal

Abrange tumores que acometem o segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é um tipo de câncer tratável e - na maioria dos casos - curável, se detectado precocemente e quando ainda não se espalhou para outros órgãos.

De acordo com as estimativas mais recentes do Instituto, foram 28.110 novos casos em 2010, sendo 13.310 homens e 14.800 mulheres.

Hábitos como uma dieta rica em vegetais e pobre em gordura e prática regular de atividade física regular previnem o câncer colorretal.


"Frutas e vegetais têm sido examinados extensivamente em pesquisas nutricionais relacionadas ao câncer colorretal, mas seus efeitos preventivos têm sido objeto de debate, provavelmente por causa das subdivisões no intestino", acredita o coordenador da pesquisa, professor Lin Fritschi, chefe do departamento de Epidemiologia no Instituto de Pesquisa Médica do Oeste da Austrália, que junto com a Universidade de Deakin investigou a ligação entre frutas, vegetais e três tipos de câncer em diferentes partes do intestino: cólon proximal, distal e câncer de reto. “As confusões sobre a relação entre dieta e o risco de câncer ocorrem devido ao fato de que estudos anteriores não levaram o câncer colorretal em conta”, diz Fritschi.

Para o estudo, os pesquisadores investigaram a ligação entre dieta e câncer do intestino. A pesquisa incluiu 918 participantes com casos confirmados de câncer colorretal e 1021 participantes do grupo de controle sem histórico do tumor. Os voluntários responderam a questionários clínicos e nutricionais, além de dados socioeconômicos.

“Do ponto de vista de saúde pública, é mais fácil traduzir uma análise baseada em recomendação dietética do que usar a ingestão de um único nutriente”, concluíram os autores.


  

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