Mitos e verdades sobre as pulseiras de citronela


Em meio ao atual surto de dengue, muita gente vem buscando soluções para afastar o mosquito transmissor da doença. Além dos cremes e sprays repelentes, é crescente o uso das pulseiras de borracha feitas com citronela. Mas elas são realmente eficientes no combate ao Aedes aegypti?

Em meio ao atual surto de dengue, muita gente vem buscando soluções para afastar o mosquito transmissor da doença. Além dos cremes e sprays repelentes, é crescente o uso das pulseiras de borracha feitas com citronela. Mas elas são realmente eficientes no combate ao Aedes aegypti?

Segundo o infectologista do Sérgio Franco Medicina Diagnóstica, Dr. Alberto Chebabo, embora a citronela seja um repelente natural, não há evidências científicas que seu uso seja o método preventivo mais eficaz. “Os repelentes com concentrações acima de 25% e que oferecem proteção de 12 horas ou mais são os mais indicados e com maior capacidade de proteção”, diz o médico.

De acordo com especialistas, o mosquito da dengue tem o voo baixo, mais próximo do solo, ou seja, o risco de picada é maior nos pés e nas pernas. Por isso, quando a pulseira é utilizada no pulso, a probabilidade de ela funcionar é ainda menor, já que a quantidade de citronela usada em sua fabricação não é suficiente para afastá-los de todo o corpo.

A pulseira costuma ser vendida pelo preço médio de R$ 5 e dura até cinco dias. Como ela não repele o inseto de toda a região corpórea, algumas pessoas usam até mais de uma. “Ao analisar o custo-benefício da pulseira, percebemos que o uso de um repelente tradicional acaba sendo melhor para o usuário, que gasta menos e tem mais segurança”, afirma o Dr. Chebabo.

A citronela também tem sido utilizada para repelir o Aedes aegypti no formato de vela. Entretanto, assim como a pulseira, ela é limitada por só afastar o inseto em determinada região. Além disso, muitas pessoas têm dificuldade de utilizar essa alternativa repelente por causa de seu forte odor.

“Na verdade, nenhum método repelente é 100% confiável. Até porque alguns tipos de mosquito criaram resistência às substâncias utilizadas para afastá-los. Mas isso não torna sua utilização desnecessária, ainda mais nesse período de epidemia”, conclui o especialista.

Confira algumas dicas de como usar o repelente corretamente

- Siga a recomendação do produto: cada repelente traz na embalagem informações sobre durabilidade e conservação. Reaplique-o após as horas indicadas.

- Fique atento à água e ao suor: se for nadar ou praticar atividades físicas, o repelente deve ser reaplicado, pois ele perde a eficácia em contato com a água e o suor intenso.

- Atenção às crianças: procure repelentes específicos para bebês e crianças, já que as substâncias utilizadas nos produtos tradicionais podem ser prejudiciais aos pequenos. 

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