Noni: entenda por que esse fruto é polêmico


Descubra se o noni emagrece e se pode causar problemas de saúde

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O noni, cujo nome científico é Morinda citrofolia Linn, é o fruto de uma árvore de médio porte originário da Ásia e Polinésia, que se adaptou bem ao clima brasileiro de forma a produzir frutos durante todo o ano. 
No Sudeste Asiático o noni é utilizado na medicina popular para o tratamento de diversas enfermidades. Nas últimas décadas, houve um aumento significativo no consumo do fruto e seus derivados no Brasil. 
Contudo, o consumo de noni é polêmico no país devido à falta de estudos conclusivos sobre o fruto e seus derivados. Sendo que muitas pesquisas mostraram a toxidade dos sucos e preparações com noni. Por isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, proibiu a comercialização de qualquer alimento contendo o noni como um dos ingredientes. 

Principais nutrientes do noni

A composição nutricional do noni ainda não está completamente concluída. Alguns estudos afirmam que os compostos fenólicos representam o maior grupo de substâncias funcionais presentes neste fruto. 
O noni também conta com boas quantidades de vitamina C. De acordo com um estudo divulgado na Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial em 2014, a análise físico-química da fruta madura apresentou uma quantidade média de 243,16mg de vitamina C em 100 gramas de polpa. Assim, 100 gramas de noni possui 270% da quantidade recomendada de vitamina C em um dia. 

Benefícios em estudo do noni

Os estudos disponíveis sobre o noni ainda são inconclusivos em relação aos seus efeitos benéficos ou nocivos à saúde. Por conter substâncias com ação antioxidante existe a possibilidade do noni proteger as células contra a ação nociva dos radicais livres. 
Noni ajuda a emagrecer?
Não é possível saber se o noni ajuda na perda de peso ou não. Isto porque não existem estudos que foram capazes de comprovar este benefício. 
É importante ressaltar que para emagrecer com saúde basta ter uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais e carnes magras, reduzir as gorduras, sal e açúcar, ingerir menos calorias e praticar atividades físicas.

Quantidade recomendada de noni

Não há uma recomendação específica estabelecida para o consumo de noni até o momento. 

A polêmica do noni

O noni é polêmico devido à falta de estudos conclusivos sobre seus malefícios ou benefícios. De acordo com a ANVISA, os produtos contendo noni não podem ser comercializados como alimentos no Brasil, pois até o momento não apresentaram comprovação de segurança de uso. 
Diversos relatos de casos publicados em revistas científicas indexadas sugerem que o consumo de suco noni está associado a casos de toxicidade hepática. Além disso, um trabalho experimental apresentado no XV Congresso Brasileiro de Toxicologia investigou os possíveis efeitos adversos do extrato aquoso do fruto de noni (Morinda citrifolia) sobre a prenhez e parturição de ratas progenitoras. Os autores concluíram que a exposição ao extrato seco do fruto de noni pode provocar efeitos adversos na gestação desses animais. 
Alguns estudos sugerem que as substâncias responsáveis pelos efeitos tóxicos seriam as antraquinonas. A caracterização completa do noni e de seu suco ainda não foi concluída, inclusive em relação às antraquinonas, que anteriormente acreditava-se estar presente apenas em raízes e folhas desta planta. 

Noni: consumir ou não?

Como os estudos disponíveis sobre o noni até o momento são inconclusivos, ainda não estão claros os benefícios provenientes de seus antioxidantes e os efeitos nocivos relacionados à sua toxicidade. Por isso, é importante muita cautela ao consumir o noni. Lembrando que os produtos derivados do fruto tem o consumo proibido no Brasil pela ANVISA. 

Combinando o noni

O noni possui um sabor e odor bastante intensos, por isso, tem sido consumido com frutas, como a uva, goiaba, limão e maracujá, com a única finalidade de torná-lo mais agradável. 

Fontes consultadas:

Nutricionista Carina Tomida Shaletich membro do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região
Químico industrial Edy Brito, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária  

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