Mordida que não se encaixa causa desequilíbrio na coluna


Mordida que não se encaixa direito pode atrapalhar o equilíbrio da cabeça, pescoço e da coluna

Se você anda sentindo dores nas costas ou está com problemas de postura corporal, na verdade, pode estar com problemas bucais. O que tem a ver? Grande parte dos músculos mandibulares está ligada ao pescoço, à cabeça e à coluna, por isso, um problema em um deles pode acabar afetando todos os outros.

Portanto, não é raro que uma pessoa que tenha problemas de má oclusão (mordida que não se encaixa direito) tenha uma coluna desequilibrada. “Como os músculos dessas duas áreas estão ligados, a modificação do encaixe dental gera alterações na postura da cabeça/pescoço que consequentemente alteram a posição da postura corporal”, diz Celso Sanseverino, dentista especializado na área de Dor e Disfunção Temporomandibular.

Por causa dessa ligação, é muito comum que pessoas com problemas bucais se encaminhem a outros especialistas se queixando de dores faciais, cervicais e lombares o que traz o alerta de que, na saúde, julgar o problema de forma simples e focada não é o mais indicado.

Grande parte dos músculos mandibulares está ligada ao pescoço, à cabeça e à coluna, por isso, um problema em um deles pode acabar afetando todos os outros

“Quando um paciente apresenta uma queixa de dor, tem que se observar tudo o que possa estar relacionado com essa queixa. Temos uma tendência natural a examinar e ir diretamente sobre a área que incomoda, onde muitas vezes, essa região pode ser apenas a manifestação do problema, sendo o agente causador situado distante do foco doloroso”, diz Celso.

Um bom exemplo dessa ligação muscular e óssea e dessas dores que se confundem é a disfunção temporomandibular (DTM). Esse problema está relacionado com a articulação localizada atrás da bochecha, entre o crânio e a mandíbula, que é responsável pelos movimentos de abrir e fechar a boca e funções como mastigar, falar e engolir. “Queixas de dores nos dentes, na face, na cabeça, no pescoço e nas costas, são bem comuns nesses pacientes”, diz o especialista.

“Cabe aos médicos, pediatras, otorrinos, fonoaudiológos, odontopediatras e ortodontistas a tarefa de identificar e eliminar o mais cedo possível qualquer alteração que tenha força para agir como fator causador para o desenvolvimento das disfunções temporomandibulares. A prevenção continua sendo nossa melhor arma”, diz o especialista.

Fonte: Terra-Saúde

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