Diabéticos podem perder a função renal


Segundo dados da International Diabetes Federation, somente no Brasil existem mais de 13 milhões de pessoas portadoras de diabetes. Isto corresponde a aproximadamente 6,5% da população entre 20 e 79 anos de idade. O número de portadores da doença vem crescendo mundialmente e estima-se que até 2030 este índice deva aumentarpara mais de 550 milhões.
O diabetes, tanto do tipo I quanto do tipo II, compromete outros órgãos do corpo humano, como os rins. Em torno de 30% dos pacientes que fazem hemodiálise no Brasil, tiveram sua insuficiência crônica dos rins causada pelo diabetes. Nos Estados Unidos este índice atinge 60%.

A Nefropatia Diabética (ND) é uma das complicações que acomete os diabéticos. Ela leva a perda de proteínas na urina e tende a piorar com o passar do tempo, levando o paciente a Insuficiência Renal Crônica (IRC). Muitos dos que ingressam no programa de hemodiálise são diabéticos, como é o caso de Joana Gonçalves, 61 anos.

Ela perdeu a função renal em decorrência do diabetes (tipo II) e hipertensão. “Há 21 anos, quando descobri o diabetes, não havia muita informação sobre a doença e por isso nunca me cuidei como devia. O resultado, infelizmente, foi perder a função dos rins”, explica.

Joana faz hemodiálise três vezes por semana na Fundação Pró-Rim. "Falavam que o diabetes dava problema nos rins, mas eu não me preocupava. Até mesmo para descobrir que havia perdido a função, foi difícil. Descobri em 2011 depois de chegar ao meu limite. Achei que iria morrer".

Para reduzir o risco de desenvolver a IRC, segundo a nutricionista da Fundação Pró-Rim, Edcléia Regina Canzi, o diabético deve manter um bom controle do açúcar no sangue, ao menos uma vez por ano realizar um teste de albumina (um tipo de proteína) na urina, cuidar da pressão arterial e o uso correto de medicamentos conforme orientação médica. Exames de sangue com base no nível de creatinina também são recomendados, além de evitar o consumo de álcool, cigarros, praticar exercícios físicos, e é claro seguir uma dieta para diabetes. “Para quem desenvolveu a doença há mais de cinco anos, é importante fazer uma dosagem de microalbuminúria com urina colhida em até 24 horas”, enfatiza o presidente da Pró-Rim, Dr. Hercílio Alexandre da Luz Filho.  

Em 25 de novembro, na Fundação Pró-Rim, pacientes com diabetes e seus familiares vão participar de um bate-papo com especialistas de várias em diabetes (endocrinologistas, oftalmologistas, nutricionistas, bioquímico e nefrologistas). O evento será uma parceria da Fundação Pró-Rim  e do Instituto de Diabetes de Joinville. O horário será das 14h30min às 16h30min e após a conversa será servido café com alimentos diet.  


 


Sobre a Fundação Pró-Rim (www.prorim.com.br): A Fundação Pró-Rim é uma entidade sem fins lucrativos, com 26 anos de atuação. Realiza tratamento de doenças renais crônicas e possui unidades em Santa Catarina e Tocantins. Está entre as 8 instituições que mais realizam transplantes renais no país e foi a primeira unidade de hemodiálise de SC a receber a certificação máxima de qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Pelo sexto ano consecutivo foi eleita pela Revista Você S/A, como uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil.

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