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Pneumonia pode provocar tosse, febre e dificuldades para respirar e até levar à morte


Metade dos casos da doença são provocados por bactérias e podem ser prevenidos por vacina

Casos de pneumonia aumentam no outono e inverno

Uma das principais causas de morte de adultos no Brasil, a pneumonia torna-se ainda mais comum nessa época do ano, já que o clima frio favorece a aglomeração de pessoas em locais fechados e o ressecamento nasal facilita a entrada de bactérias. Só no Brasil são mais de dois milhões de casos por ano. No mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de um milhão morrem anualmente vítimas da doença. Provocada por vírus, fungos ou bactéria, a pneumonia pode provocar febre, dificuldades para respirar e levar à morte.  

A infectologista Rosana Richtmann, da CCIH (Comissões de Controle de Infecção) do Instituto Emílio Ribas explica que a pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões e pode provocar diversos prejuízos à saúde.

— Entre os principiais sintomas estão tosse, dificuldades para respirar, febre, calafrios e dores. Os idosos podem ficar confusos e até pararem de comer. As infecções por bactéria são ainda mais graves que as virais e podem levar à morte.

Homem morre após contrair pneumonia

A doença é transmitida por gotícula de saliva ou espirro do doente, que chegam a outra pessoa ou ao ambiente. Ao tocar em olhos, nariz ou boca, o indivíduo acaba se contaminando. 

Apesar de a doença acometer pessoas de qualquer idade, a infectologista e professora da Universidade de Caxias do Sul Lessandra Michellim afirma que a doença costuma se concentrar nas idades extremas, ou seja, em crianças entre zero a dois anos e adultos acima dos 50 anos.

— A idade é importante pois influencia na capacidade de defesa. Crianças pequenas ainda estão formando seu sistema imunológico, e adultos com mais de 65 anos começam a apresentar dificuldade em se defender, sendo a resposta diferente de quando o organismo era mais jovem.

Além da idade, quem sofre com “doenças cardíacas, pulmonares, renais, hepáticas, hematológicas, em tratamento de quimioterapia e imunodeprimidos por doenças e medicamentos também têm maior risco de ter pneumonia”, esclarece Lessandra.

Metade das pessoas que sofrem com essa infecção respiratória precisam ser internadas e 18% são levadas à UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). De acordo com o infectologista e pediatra Alejandro Cané, médico responsável pela área científica da Pfizer da América Latina e Canadá, a doença tem um “custo muito alto para saúde pública” nos diferentes países.

— A internação de um paciente com um episódio de pneumonia custa U$ 29 mil (pouco mais de R$ 60 mil). Por isso, é necessário focar em prevenção.

Hoje, o único tratamento para a pneumonia é com o uso de antibiótico, complementa a professora.

— Quanto mais tempo levar para iniciar o tratamento correto, mais doente o pulmão fica e os sintomas pioram. Em casos de bactérias mais agressivas, como o pneumococo, a pessoa pode morrer.

Vacina pode evitar pneumonia

Diante deste cenário, a prevenção por meio da imunização se configura como a melhor alternativa para evitar a contaminação pelo pneumococo, diz a médica do Instituto Emílio Ribas. Segundo especialistas, 50% dos casos de pneumonia são decorrentes da contaminação por bactéria e a mais comum é o Streptococcus pneumoniae ou pneumococo.

Atualmente, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece a vacina pneumocócica conjugada 10 (que protege contra 10 sorotipos da bactéria) apenas para crianças, que deve ser tomada em quatro doses, aos dois, quatro e seis meses de vida e reforço aos 15 meses. E a pneumocócica 23 valente (polissacarídeo) para pessoas acima de 60 anos para grupos de risco.

Na rede privada, há também a opção da vacina pneumocócica conjugada 13-valente, que protege contra pneumonia, mas também a meningite e oitite, por conseguir amenizar os tipos mais agressivos da bactéria. Ela é indicada para bebês e crianças e recentemente foi liberada para adultos com mais de 50 anos. O preço médio é de R$ 250.

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