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O tempo esfriou? Cuidado com as alergias


Época mais fria do ano é propícia para agravamento de alergias e doenças respiratórias

“É neste período do ano que fatores ambientais e comportamentais ocorrem e favorecem as alergias”, destaca especialista. 
O clima frio, para muitas pessoas, é um sinal de problema. Isso porque, nas regiões metropolitanas brasileiras, a baixa das temperaturas traz como consequência um agravamento dos quadros respiratórios. Tosse seca, nariz entupido, espirros, dificuldades para respirar, olhos irritados são apenas alguns dos sintomas que a população, cada vez mais afetada por ares poluídos e tempo seco, pode sentir durante o inverno, época mais crítica para este público.

A realização do ISAAC (International Study on Asthma and Allergies in Childhood – Estudo Internacional sobre Asma e Alergias na Infância) no Brasil mostrou a prevalência média de sintomas relacionados a doenças respiratórias. O índice de rinite alérgica foi de 29,6% entre adolescentes e 25,7% entre os escolares. Quanto aos sintomas relacionados à asma ativa, a prevalência média foi de 19 e 24,3% entre adolescentes e escolares, respectivamente. Este mesmo estudo mostrou que o Brasil está no grupo de países que apresentam as maiores taxas de prevalência de asma e de rinite alérgica no mundo. 

Doenças como asma, bronquite e rinite alérgica costumam apresentar piora no quadro durante o outono e principalmente durante o inverno.

Segundo a alergista e pneumologista, Dra. Lelia Josuá, esta época é crítica, pois “é neste período do ano que fatores ambientais e comportamentais ocorrem e favorecem as alergias”. Dentre estes fatores se destaca o tempo seco, característico da maior parte do país durante o inverno.

Dra. Lelia ainda explica que, no caso de grandes cidades, os horários de rush (de 6h às 8h e de 16h às 19h) costumam ser os piores, pois são horários com maior concentração de poluentes.

“Para o alérgico, o horário do rush não é tão relevante, pois os agentes alérgenos estão no ar o tempo todo e o que importa é a presença em si e não a quantidade. A quantidade é relevante para os pneumopatas, como os enfisematosos, pois o ar fica muito ‘pesado’ nesse período”.

As alergias respiratórias incluem: Rinite Alérgica, Sinusite e a Asma Brônquica. Até 30% da população mundial sofrem com as alergias respiratórias. Essa tendência tem três razões principais: hereditariedade, o ambiente e a idade. Esse último, aliás, tem uma importância fundamental, pois se a idade da exposição excessiva ao alérgeno (substâncias que provocam alergia) for no início da vida (antes dos 2 anos de idade), pode ser protetora contra alergias a animais e asma.

E por falar em animais, cuidado com os pets durante o inverno. Segundo Dra. Lelia, “gatos, cães e outros animais domésticos são muito fofinhos, mas eles também produzem alérgenos, principalmente encontrados na pele descamada e na saliva”. Os gatos, com um hábito que lhe é peculiar de lamber o pelo, espalham seus alérgenos da saliva pelo corpo. Quando o pelo seca, os alérgenos voam pelo ar atingindo assim pessoas suscetíveis. Eles também podem se prender a roupas e serem transportados a outros ambientes . "A urina de gatos também é um alérgeno. O cachorro provoca alergias menos intensas, mas igualmente aos gatos sua saliva e pelos também são alérgenos".

Fora o clima seco, outros fatores devem ser vigiados durante o inverno, para não agravar mais o caso. Dra. Lelia explica que os ácaros domésticos, seres microscópicos encontrados em sofás, tapetes, cobertores e roupas, costumam ser a maior causa de alergias respiratórias, e são extremamente comuns, sobretudo no frio, quando ficamos em ambientes fechados.

A doutora também chama atenção para outras doenças típicas da estação:

“Nessa época do ano não só as alergias aparecem com mais frequência, mas também viroses respiratórias, que às vezes são confundidas com quadro alérgico”.

Para diferenciar alergia de resfriado, as pessoas devem se atentar a alguns sintomas, explica a especialista.

“Nas alergias os sintomas continuam por semanas ou até pelo ano todo, enquanto nos resfriados eles persistem por cerca de 10 dias e desaparecem em seguida. Além disso, o muco produzido pelo nariz de alguém com alergia costuma ser fino e claro já o de alguém resfriado costuma ser espesso e amarelado devido à infecção. Alergia não produz febre nem dores musculares”.

Dra. Lelia Mara Josuá

www.airclinic.com.br

Dra. Lelia Josuá é médica alergista graduada pela Universidade do Rio de Janeiro – UNIRIO - com especialização em alergologia e pneumologia. Possui mais de dez anos de experiência e dedicação exclusiva em Alergologia.

É diretora da rede Air Clinic, voltada para o tratamento da alergia e de doenças respiratórias. A Rede Air Clinic se destaca por oferecer aos seus pacientes tratamentos humanizados usando tecnologia de ponta.

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