Leite. Mocinho ou bandido?


Tomar seu leitinho diário não evita osteoporose e pode não ser nada saudável, especialista no assunto nos alerta sobre esse hábito
Hoje vamos falar sobre o leite, mas calma, não vamos falar sobre intolerâncias ou alergias, assuntos da “moda”, Também não falaremos sobre as diversas contaminações que com frequência são relatadas nos canais de informação. Parece que cada vez mais temos menos leite naquelas caixinhas, não é verdade? Condição essa que se não fosse pelo que eles colocam dentro, (álcool, uréia, cloro, formol) poderia até ser algo bom...

Dr Fábio Cardoso especialista em medicina preventiva e grande estudioso do assunto, nos conta que historicamente, para e raça humana tomar leite é algo recente. Há 10.000 anos atrás, ninguém consumia leite, isto foi um hábito introduzido recentemente, somos a única espécie que consome o leite de outras espécies, e o único entre os mamíferos que mantém o consumo após a primeira infância e o fazemos pela vida toda. Um novo hábito alimentar, que pode não fazer bem e não faz pra maioria de nós.

Ainda segundo o Dr., a natureza é perfeita, o leite de cada espécie é um alimento adequado para a formação de um bebê da mesma  espécie.  Um bezerro, depois que nasceu dobra de peso em 47 dias, o ser humano dobra de peso em 180 dias, ou seja, somos estruturas muito diferentes, o leite da vaca foi feito para bezerros e não é adequado para seres humanos. Ponto final.

O ser humano também é a única espécie que toma leite enquanto adulto. Você não vê uma vaca tomando leite,  a vaca come capim.  Esse hábito de dar leite para os gatos é errado,  leite faz mal e causa diarreia nos gatos.

Atualmente as vacas que produzem leite vivem 6 anos, antigamente elas viviam 20 anos e nos últimos 50 anos a produção de leite de uma vaca aumentou em 250%. Como pode uma vaca que durava 20 anos produzir 250% a menos de leite que uma vaca que vive 6 anos?

Enquanto uma vaca está ordenhando, ela já está grávida novamente, por meio de inseminação artificial, para não deixar de produzir leite, eles deixam a vaca grávida constantemente.  O grande problema é que quando a vaca está prenha ela produz hormônios, dados demonstram que quando a vaca está prenha, no seu leite aumenta o nível de estrona em 33 vezes, um hormônio altamente cancerígeno.

Um estudo de Harvard mostrou que mulheres que tomam 2 ou mais copos de leite por dia, tem um aumento de 66% de risco de desenvolverem câncer no ovário. Outros estudos demonstraram a relação da ingestão de leite com câncer de próstata, entre vários outros tipos de câncer.

Por isso a vaca leiteira vive 6 anos ao invés de 20.  Pois ela vive prenha, para produzir leite, quando não serve mais a matam e colocam outra no lugar.

E tem mais Dr. Fábio ainda alerta que esse peito que tira leite várias vezes por dia, desenvolve uma inflamação, chamada de mastite, para resolver essa inflamação no peito da vaca, os produtores a tratam com antibióticos. Esses antibióticos vão pro leite da vaca, isso com o tempo vai gerando uma super resistência do nosso corpo aos antibióticos, além de produzir a chamado disbiose intestinal, causando um desbalanço bem grave em nossa flora bacteriana intestinal.

Mesmo sem estar prenha, no leite da vaca estão presentes vários outros hormônios, em torno de 59 tipos de hormônios e fatores de crescimento, já que esse leite é feito para um bezerro que precisa dobrar de tamanho em 47 dias. Esses fatores de crescimento são ótimos para bezerros, porém ele causa proliferação das células, e  em ambiente propício, causa o câncer.

O fato é que apesar de tudo, as pessoas continuam consumindo leite diariamente. E Por quê isto ocorre? Geralmente a resposta para esta pergunta são duas:
  1. Para repor cálcio;
  2. Para prevenir osteoporose;

E é sobre estas 2 “lendas” faladas e repetidas sobre o porquê de consumir leite -  apesar de tanta informação contrária ao uso – que o texto de hoje fala.

A osteoporose, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é considerada como o segundo maior problema de saúde no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares.

É uma doença esquelética, caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração dos ossos, com consequente aumento da fragilidade do osso e suscetibilidade à fratura.

No Brasil, a cada ano, 70 mil pessoas fraturam o quadril, sendo que pelo menos 15 mil morrerão de complicações nos primeiros seis meses após o acidente e metade irá necessitar de cuidados especiais para realização de atividades cotidianas.

Dr Fábio explica que a osteoporose acomete ambos os sexos; no entanto, é mais comum em mulheres na pós-menopausa devido à diminuição dos níveis de estrógeno, hormônio que tem ação protetora sobre o osso. Além da deficiência estrogênica, outros fatores também influenciam na redução e perda de massa óssea, como baixa ingestão de nutrientes, como o cálcio, vitamina D, magnésio, zinco, cobre e boro; além de baixa exposição solar. E um conceito bem importante: sabe de que realmente é feito os nossos ossos: proteínas! Os minerais fazem a “liga” destas proteínas. Bem diferente do que se propaga de que osso é cálcio.

O leite e seus derivados não fazem parte da dieta de países como China, Japão, Vietnam, Tailândia, entre outros. Nesses países, com o menor consumo de leite, tem também o menor índice de osteoporose e fraturas ósseas. E os países com o maior consumo de leite tem as maiores taxas de osteoporose, como nos Estados Unidos.

Nós não dependemos do leite para suprirmos a necessidade de cálcio.  Vegetais verdes escuros possuem boa quantidade de cálcio.  Mesmo assim, estudos mostram que não é a falta de cálcio que causa osteoporose. Diversos fatores podem causar, como o tabagismo, alcool, anorexia, falta de atividade física, medicações, entre outros.

Estudos de longo prazo revelam que a ingestão de leite e a suplementação mal feita de cálcio não mostram nenhum benefício na prevenção de fraturas ósseas. Isto porque precisamos de outros elementos para segurar o cálcio no osso, como o magnésio e vitamina D3. Esse cálcio que o osso não segura é depositado em artérias contribuindo para o infarto do miocárdio, derrames, cálculos renaise de vesículaalém de todo o estímulo imunológico pelas alergias e intolerâncias que são descritas.

A relação ideal de cálcio e magnésio que deve ser ingerido é de no máximo 2:1, ou seja, 2 de cálcio para 1 de magnésio.  Porém a relação entres eles dois encontrada no leite é de 10:1, 10 de cálcio para 1 de magnésio. Ou seja, o cálcio presente no leite é péssimo para a nossa saúde, aumentando o risco de doenças cardíacas e outras.

“Mas na prática o leite ajuda a evitar osteoporose!” Será mesmo? Mais e mais estudos científicos provam que não.e a situação é mais grave em mulheres. Um estudo muito bem conduzido pela Uppsala University e publicado recentemente no British Medical Journal, um dos mais conceituados jornais de informação médica mostra que até os doutores estão começando a se render aos fatos: leite faz mal, e não ajuda na osteoporose.

Estes pesquisadores seguiram 60.000 mulheres desde o final doas anos 80 e quase 50.000 homens desde a metade da década de 90. Parece simples, mas oque eles fizeram, mapearam através de entrevistas e questionários o consumo diário de leite e derivados. Eles também acompanharam qualquer descrição de fraturas ou outra fatalidade que ocorrera durante o seguimento de mais de 20 anos.

Os resultados: em homens, o leite tinha pouco efeito. Cada copo de leite (ou similar – iogurte, queijo, etc) que eles consumiam diariamente aumentava a chance de morrer por qualquer causa em 1%. E a chance de ter uma fratura por osteoporose também subia 1% para copo consumido diariamente.

Já entre as mulheres, a situação foi bem diferente e alarmante. Para cada copo de leite consumido diariamente, a chance de morrer por qualquer subia 15%. E quanto as fraturas, a chance subia em 2%. Mulheres que consumiam 3 copos de leite diariamente tiveram uma mortalidade 2 vezes maior do que aquelas que bebiam menos de 1 copo de leite por dia, e 3 vezes mais se comparadas com quem não consumia leite. O leite aumentou a chance de desenvolver doenças cardiovasculares fatais particularmente, mas também aumentou a chance de se desenvolver formas mais graves e fatais de câncer (quem não bebia leite podia até ter, mas se curava mais).

Senhoras e senhores, depois destes dados, podemos sim chamar o leite de “O Assassino Branco” ou “o fazedor de viúvos e viúvas”. E por favor, se faça uma  pergunta: por quê você ainda está tomando leite?

Mais Sobre Dr Fábio Cardoso:
CRM-SC 11796

Médico especialista em medicina preventiva, Longevidade e Anti-Envelhecimento, Pós-graduado em Medicina do Esporte




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