Paralisia facial pode ser tratada com fisioterapia


Tratamento proporciona recuperação motora e sensitiva do paciente

A paralisia facial periférica ocorre quando há uma interrupção do influxo de qualquer um dos nervos faciais, ocasionando alterações motoras e sensitivas no indivíduo. Entre 62% a 93% dos casos a causa é idiopática, ou seja, desconhecida, sendo chamada de paralisia facial de Bell. A segunda causa mais comum é a traumática, dentre outras. 

Logo após o diagnóstico médico deve ser dado início ao tratamento, que requer acompanhamento médico, fonoaudiológico e fisioterapêutico. A fisioterapia vem a contribuir com a recuperação motora e sensitiva desses pacientes. Dentre os recursos utilizados encontra-se: a cinesioterapia, através de exercícios de treinamento neuromusculares da mímica facial, a termoterapia com gelo (crioterapia), as massagens, a eletroterapia com uso de laser, de eletroestimulação transcutânea e as orientações. O biofeedback por eletromiografia de superfície também pode ser utilizado. 

Na paralisia facial de Bell é comum uma piora do quadro nas primeiras 48 horas, mas a maioria dos pacientes se recupera dentro de algumas semanas. No entanto, dependendo do tipo de lesão, a recuperação do nervo facial pode durar de 15 dias até quatro anos.  

Acima de 50% das pessoas tem recuperação total ou satisfatória. Porém, em alguns casos podem restar sequelas residuais. O resultado depende de alguns fatores como o tempo que o paciente levou para iniciar tratamento, a presença de doenças associadas como hipertensão e diabetes e a causa da paralisia. A melhora é menos satisfatória em paralisias completas que em incompletas, em pacientes com dor retro-auricular e em pacientes idosos. Aproximadamente 23% das pessoas com paralisia facial idiopática permanecem com alguns sintomas e sinais, que podem ser classificados como moderados ou graves, como melhora motora parcial, síndrome de lágrimas de crocodilo, contratura ou sincinesia. 

Independente do tipo de paralisia, a fisioterapia terá como objetivo reestabelecer a função, com o retorno da mímica facial e diminuição da alteração de sensibilidade, evitando o aparecimento dessas sequelas e devolvendo o bem-estar físico e emocional do paciente. 

Fonte: Minha Vida

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