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Fisioterapia Auxilia Mulheres nas Mudanças Corporais após Câncer de Mama


 
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Amazonas, durante todo o ano de 2014, devem ser registrados 390 novos casos de câncer de mama, sendo a maioria na capital. O câncer de mama é a maior causa de óbitos por câncer na população feminina no Brasil, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos.

A retirada da mama pode ser uma das opções de tratamento para mulheres vítimas de câncer de mama. Depois do procedimento, começa uma nova etapa para a paciente: a de recuperação dos movimentos, que nessa fase, encontra a fisioterapia como principal aliada para garantir a qualidade de vida.

De acordo com o fisioterapeuta doutor Daniel Xavier, a paciente submetida ao tratamento cirúrgico do câncer de mama terá que conviver com as mudanças de postura causadas pela retirada do seio, como dor e restrição ao movimentar o ombro, inchaço do braço (linfedema) e a falta de sensibilidade na parte superior e interna do braço.

“Após a cirurgia, a mulher passa a ter uma nova realidade de seu esquema corporal devido a importantes alterações que com frequência são geradas pela dor, fraqueza muscular e modificação na imagem corporal. A fisioterapia ajuda a mulher a enfrentar as mudanças causadas pela retirada do seio”, disse.

De modo geral, Daniel Xavier explica que o fisioterapeuta pode intervir desempenhando um papel importante na prevenção de sequelas, fazendo parte integrante da equipe multidisciplinar no acompanhamento da recuperação destas mulheres. “Atualmente, a fisioterapia está incluída no planejamento da assistência para a reabilitação física no período pré e pós-operatório do câncer de mama”, afirmou.

A mastectomia radical modificada, principalmente acompanhada de radioterapia, pode determinar complicações físicas, imediatas ou tardias, tais como limitação da amplitude de movimento (ADM) do ombro e do cotovelo, linfedema, fraqueza muscular, infecção e dor, que colocam em risco o desempenho das atividades de vida diária e dos papéis da mulher mastectomizada. “Com a fisioterapia, as mulheres são orientadas quanto à postura que irão adquirir no pós-cirúrgico e a importância da aderência à reabilitação”, ressaltou.

Para Daniel, quanto mais precoce forem orientados os exercícios, mais rapidamente a mulher responderá ao tratamento. “A amplitude de movimentos deve ser alcançada no menor espaço de tempo possível, levando-se sempre em conta as dificuldades individuais de cada paciente”, disse.

Ele destaca que as pacientes submetidas ao tratamento fisioterápico diminuem seu tempo de recuperação e retornam mais rapidamente às suas atividades cotidianas, ocupacionais e desportivas, readquirindo amplitude em seus movimentos, força, boa postura, coordenação, autoestima e, principalmente, minimizando as possíveis complicações pós-operatórias e aumentando a qualidade de vida.

“A fisioterapia desempenha um papel fundamental nesta nova etapa da vida da mulher operada, pois além de significar um conjunto de possibilidades terapêuticas físicas passíveis de intervir desde a mais precoce recuperação funcional, até a profilaxia das sequelas, além de diminuir o tempo de recuperação, com retorno mais rápido às atividades cotidianas e ocupacionais, colaborando com sua reintegração à sociedade, sem limitações funcionais”, afirmou.

Segundo caso mais comum no País

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.

Fonte: FisioWeb

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