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Desobstrução de artérias com balões e stents na angioplastia


Angioplastia coronária ou intervenção coronária percutânea

A Angioplastia Coronária ou Intervenção Coronária Percutânea é o tratamento não cirúrgico das obstruções das artérias coronárias por meio de cateter balão, com o objetivo de aumentar o fluxo de sangue para o coração. Após a desobstrução da artéria coronária, por meio da angioplastia com balão, procede-se ao implante de uma prótese endovascular (para ser utilizada no interior dos vasos) conhecida como ‘stent’ - pequeno tubo de metal, semelhante a um pequeníssimo bobe de cabelo, usado para manter a artéria aberta.
Atualmente existem dois tipos de stents: os convencionais e os farmacológicos ou recobertos com drogas.

Os stents convencionais podem acarretar um processo cicatricial exacerbado que leva a restenose (reobstrução) do vaso em 10 a 20% dos casos.

Os stents farmacológicos: surgiram para evitar esse processo cicatricial, que são constituídos do mesmo material metálico acrescido de um medicamento de liberação lenta no local de implante, reduzindo-se o processo de cicatrização e evitando-se a restenose. Há necessidade do uso prolongado de aspirina e clopidogrel nos pacientes que recebem stents farmacológicos pelo pequeno risco de trombose (formação de coágulos no interior do stent).

Preparo

Após a realização do cateterismo para diagnóstico e documentada a obstrução coronariana, será discutido com o paciente, com médico e com o cardiologista intervencionista a opção pelo tratamento imediato ou o agendamento para dias subsequentes conforme o quadro clínico, grau de obstrução coronariana e vontade do paciente.

Os pacientes seguirão a mesma rotina com relação ao preparo, ao jejum, às medicações e às orientações descritas para o cateterismo cardíaco.

Como é realizado?

Da mesma forma que o cateterismo cardíaco, cateteres são inseridos pela perna ou braço e guiados até o coração. Identificado o local da obstrução é inserido um fio guia na artéria coronária que é locado distalmente (posteriormente) à obstrução. Um pequeno balão é guiado até o local da obstrução, progressivamente insuflado, comprimindo a placa contra a parede do vaso e aliviando a obstrução.

Este procedimento pode apresentar recolhimento elástico do vaso, determinando nova obstrução no local. Portanto, na maioria dos procedimentos, realiza-se o implante permanente de endoprótese (stent convencional ou farmacológico) concomitante, que dá sustentação à dilatação evitando-se, assim, o recolhimento elástico.

Onde é realizado o procedimento?

É realizado no mesmo local do cateterismo cardíaco, no Laboratório de Hemodinâmica do Setor de Cardiologista Intervencionista, com o paciente acordado e sob anestesia local.

Quem realiza o procedimento?

Médicos cardiologistas treinados em Cardiologia Intervencionista e Hemodinâmica.

Quais são os riscos?

É natural que, por se tratar de um procedimento invasivo, haja riscos. Porém ocorrências como óbito, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, necessidade de cirurgia de revascularização de urgência e complicações vasculares no local da punção são raras. Outras complicações decorrentes do uso do contraste, como alergia e insuficiência renal, podem ocorrer. Entretanto, todas essas complicações são raras e a intervenção será realizada por uma equipe médica preparada para atender qualquer tipo de intercorrência.

Qual a duração do procedimento?

Dependendo do caso e da complexidade, pode durar de 30 minutos a 2 horas.

Há necessidade de internação hospitalar após o procedimento?

Sim. Por um período mínimo de 24 a 48 horas. Serão realizados exames de sangue de rotina e eletrocardiograma.

Fonte: Albert Einstein e Henrique Elkis

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