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Nova droga reduz mortalidade por insuficiência cardíaca

Estudo mostrou que medicamento experimental diminuiu em 20% as mortes decorrentes da doença em comparação com o tratamento convencional
Tratamento: Insuficiência cardíaca pode ganhar novo medicamento

Um medicamento experimental para combater a insuficiência cardíaca parece aumentar a expectativa de vida dos pacientes em comparação com o tratamento disponível atualmente, que já é utilizado há vinte anos. Os resultados do estudo envolvendo a nova droga foram anunciados neste fim de semana e revelam que o remédio reduziu a mortalidade pela doença em 20%, além de diminuir o risco de hospitalização devido ao problema.

O medicamento LCZ696 foi desenvolvido pela farmacêutica Novartis. Ele ainda não está disponível no mercado, mas o laboratório informou que vai entrar com pedido no FDA, a agência reguladora dos Estados Unidos, para que a droga comece a ser vendida no país no ano que vem. Não há previsão para a chegada do tratamento no Brasil.


*INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Pode acontecer em decorrência de qualquer doença que afete diretamente o coração. Acontece quando o coração bombeia o sangue de maneira ineficaz, não conseguindo satisfazer a necessidade do organismo, reduzindo o fluxo sanguíneo do corpo ou a uma congestão de sangue nas veias e nos pulmões. A insuficiência faz com que os músculos dos braços e das pernas se cansem mais rapidamente, os rins trabalhem menos e a pressão arterial fique baixa. A função do coração é bombear o sangue para o corpo e, depois, tirar o sangue das veias. Quando o coração bombeia menos sangue do que o normal, há uma fração de ejeção reduzida. Quando o coração enfrenta dificuldades em receber o sangue novamente, trata-se de uma fração de ejeção preservada, ou insuficiência cardíaca com dificuldade de enchimento do coração. Embora possa acometer pessoas de todas as idades, é mais comum em idosos. Atinge uma média de uma a cada 100 pessoas.


Doença — A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não consegue bombear o sangue de maneira eficaz para o corpo. O problema pode acontecer de duas maneiras: a quantidade de sangue bombeada é menor do que a de um coração saudável, ou então o coração tem dificuldade de se encher de sangue, precisando fazer mais força para conseguir enviá-lo ao corpo. Embora possa acometer pessoas de todas as idades, o problema é mais comum em idosos atinge uma média de uma a cada 100 pessoas.

A pesquisa sobre o novo medicamento foi divulgada durante o congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Barcelona, e publicada no periódico New England Journal of Medicine. No teste, 8 442 pacientes de 47 países que tinham insuficiência cardíaca foram submetidos, durante 27 meses, a um entre dois tratamentos: com LCZ696 ou com enalapril, droga usada há vinte anos para tratar a doença.

Vantagens — Segundo o estudo, 21,8% dos indivíduos tratados com o LCZ696 morreram por insuficiência cardíaca durante a pesquisa. Entre os pacientes que receberam o enalapril, a taxa de mortalidade foi de 26,5%, ou seja, 20% superior à do remédio experimental. Além disso, o novo medicamento também reduziu em 21% o número de internações provocadas pela doença.

Os principais efeitos adversos do medicamento foram hipertensão ou pressão arterial baixa. Por outro lado, o LCZ696 parece provocar menos danos renais do que o enalapril.

“Dada a vantagem na sobrevivência do LCZ696 sobre medicamentos disponíveis, uma vez que tiver disponível, seria difícil entender médicos que continuassem optando pelos remédios tradicionais para tratar insuficiência cardíaca”, diz Milton Packer, pesquisador da Universidade do Texas, Estados Unidos, e coordenador da pesquisa.

Os resultados foram bem recebidos pela comunidade científica. “Eles são notavelmente positivos em todas as dimensões. Pacientes com insuficiência cardíaca estão ávidos, se não desesperados, por novos tratamentos”, disse Clyde Yancy, chefe de cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern, Estados Unidos, ao jornal The New York Times. Já o cardiologista Marc Pfeifer, do Hospital Brigham and Women, de Harvard, considerou “impressionante” a diferença da taxa de mortalidade entre o medicamento experimental e o remédio tradicional.


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