Mais de 50% dos idosos podem ter Síndrome da Fragilidade em Poços

Doença pode afetar sistema imunológico de pessoas com mais de 65 anos.

Uma pesquisa realizada por meio de uma parceria entre a PUC Minas e a Unicamp revela que mais de 50% dos idosos de Poços de Caldas (MG) têm risco de desenvolver a Síndrome da Fragilidade que afeta, basicamente, o sistema imunológico. O estudo é inédito no Brasil e será divulgado no livro ‘Qualidade de Vida na Velhice’ . A cidade está entre as 20 pesquisadas em todo país.

Segundo a universidade, a escolha do município se deu devido ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a fim de estabelecer parâmetros entre a fragilidade e a qualidade de vida. Estudantes e professores dos cursos de enfermagem, fisioterapia psicologia participaram dos levantamentos da pesquisa, que avaliou perda de peso, fadiga e dificuldade de caminhar.
Foram ouvidos 389 idosos com idades acima de 65 anos entre 2008 e 2010. Os resultados mostram que mais de 50% deste grupo apresentam pré-fragilidade, ou seja, pré-disposição a desenvolver a doença.

Segundo a doutora em gerontologia, Maria Eliane Catunda, a fragilidade é uma síndrome que é caracterizada pela perda de força e massa muscular e disfunção do sistema imunológico, além da diminuição da qualidade de vida e independência. “As pessoas que tem o problema sofrem uma série de perdas, que se dão de forma acentuada e favorecem quedas, perda de saúde, entre outros problemas”, resumiu.

A conclusão mostra que os idosos não frágeis representam 37,4% dos ouvidos, os pré-frágeis representam 54,4% e os frágeis 9,3%. “Isso é bastante preocupante. Os números dos pré-frágeis precisa alertar as políticas de saúde pública, já que é possível reverter a síndrome com exercícios físicos e fisioterapia”, acrescentou.

A idosa Ana Vieira foi diagnosticada com a síndrome e há dois anos faz tratamento fisioterápico. “Eu venho faço exercícios e tenho sentido uma boa melhora”, contou.
Para tentar controlar o problema, a fisioterapeuta Teresa Cristina Alvisi também comenta sobre a síndrome e as medidas adotadas. “Normalmente as pessoas perdem a força muscular e tentamos trabalhar nisso, ou seja, fazermos os exames de rotina e nossa grande intenção é prevenir, por meio de treinos funcionais e atividades físicas direcionadas para promover a reabilitação e trazer mais qualidade de vida”, comentou.


  

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