A labirintite é um problema que atinge milhares de brasileiros, e
muitos deles não sabem exatamente como lidar com ela. Por isso, o Portal
Vital conversou com a otorrinolaringologista Trissia Vassoler, da
clínica Copec, de Curitiba, que ajudou a entender melhor a doença, como
tratá-la e as formas de prevenção. Confira!
O que é a labirintite?
Trissia explica que esse nome é uma definição geral para as doenças do
labirinto, uma estrutura interna do ouvido responsável por ajudar o
corpo a encontrar o seu centro de equilíbrio. “O principal sintoma é a
tontura, que pode ser desde uma simples instabilidade até uma vertigem
rotatória, acompanhada ou não de fatores auditivos, náusea, vômito e
dores de cabeça”, enumera.
Geralmente, a labirintite ocorre em
decorrência de outros problemas no organismo, como a diabetes, o
colesterol, as doenças virais e bacterianas. Tudo o que prejudicar o bom
funcionamento das células do labirinto pode levar à inflamação. Por
isso, para o diagnóstico, é imprescindível que o paciente procure um
profissional especializado.
“A principal avaliação é a
consulta, pois, inicialmente, precisamos distinguir a doença labiríntica
de alterações musculoesqueléticas, oftalmológicas e do sistema nervoso
central, entre outras. A partir daí, o médico recomendará a melhor opção
de tratamento. Os exames serão solicitados de acordo com a suspeita,
podendo incluir: de sangue, auditivos, labirínticos e até de imagem”,
afirma Trissia.
O que causa a labirintite?
Embora
os fatores associados à doença sejam muitos, a doutora ressalta que a
mais comum é a chamada “vertigem postural paroxística benigna”.
O nome complicado está relacionado ao simples envelhecimento do sistema
vestibular: o conjunto de órgãos do ouvido interno responsáveis pela
manutenção do equilíbrio. Isso ocorre mais comumente em mulheres idosas.
Mas é possível encontrar casos em pacientes com mais de 30 anos.
Essa alteração no sistema auditivo também acontece devido a traumas no
ouvido interno ou insuficiência circulatória na região. Por esse motivo,
o tratamento é feito por meio de terapia e medicamentos de
reabilitação.
Labirintite tem cura?
Apesar de nem
sempre ser possível curar definitivamente um paciente com essa doença,
alguns cuidados com a saúde são essenciais para um bom tratamento. A
vida saudável, aliás, é a melhor maneira de prevenção.
Por
isso, a recomendação médica é a de que sejam colocados na lista dos
cortes na rotina o cigarro e as bebidas alcoólicas, que podem deixar as
crises mais frequentes. Doces e alimentos com muito açúcar devem ser
evitados. E lembre: nunca passe mais do que três horas sem se alimentar e
leve à risca a regra de ingerir dois litros de água por dia.
Para finalizar as orientações, saiba que a prática de exercícios
regulares é essencial, bem como eliminar da alimentação chá, café,
chocolate e qualquer outro produto estimulante. Devido a um efeito
similar ao causado por esses itens no organismo, pacientes com
labirintite costumam ter crises em ambientes com muitos estímulos
visuais ao andar pela rua ou ao dirigir.
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ENTENDA O QUE É A LABIRINTITE E COMO SE PREVENIR