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Consumo excessivo de álcool pode dificultar a cura de ossos fraturados

Estudos realizados em anos recentes têm demonstrado que o consumo excessivo de álcool pode diminuir a densidade e a resistência óssea, aumentando o risco de fraturas e atrapalhando a cura das mesmas



Todos nós já conhecemos os problemas que surgem devido ao uso abusivo de bebidas alcoólicas. Problemas de saúde, como a cirrose hepática, e problemas sociais, como acidentes de carro e violência doméstica, estão associados ao uso excessivo desta substância. Agora, de acordo com um novo estudo , constatamos que o consumo exagerado de  bebidas alcoólicas pode também prejudicar o processo de consolidação óssea.

"Além de poder aumentar o risco de fraturas, o álcool também prejudica o processo de consolidação. Então, adicione esse motivo à lista de razões pelas quais você não deve abusar do álcool”, afirma o ortopedista Caio Gonçalves de Souza (CRM-SP 87.701), médico do Hospital das Clínicas de São Paulo. 

Para a realização estudo, cujos resultados foram apresentados durante o encontro anual da American Society for Bone and Mineral Research, os pesquisadores alimentaram camundongos tanto com água salgada (grupo controle) quanto com álcool (o equivalente a três vezes o limite legal para a condução de um veículo).

Ao analisar a consolidação óssea dos camundongos, depois que eles foram alimentados, os pesquisadores descobriram que os animais que receberam álcool apresentaram menor mineralização do calo da fratura, ou seja, os ossos novos não estavam se formando da mesma forma que os dos camundongos alimentados com a água salgada.

“Os pesquisadores também descobriram que os níveis de estresse oxidativo foram maiores nos camundongos alimentados com álcool, assim como os níveis de uma enzima que diminui o estresse oxidativo ficaram menores. Os níveis séricos de uma proteína conhecida por desempenhar um papel importante no recrutamento de células para o local de fratura, também foram mais baixos nos camundongos alimentados com álcool”, informa Caio G. Souza, que também é professor de Ortopedia da Faculdade de Medicina na Uninove.

Com essas evidências, fica reforçada a orientação para que pacientes que sofreram fraturas não usem bebidas alcoólicas durante o período de tratamento, pois isto poderá levar a uma maior dificuldade do organismo em se restabelecer completamente.

Esta não é a primeira vez que o álcool se mostrou prejudicial ao processo de consolidação óssea. Os pesquisadores já haviam descoberto anteriormente que o álcool afeta negativamente os genes ligados à saúde óssea em um estudo de 2008, publicado na revista Alcoholism: Clinical and Experimental Research.

“Segundo o estudo de 2008, a expressão de certos genes importantes para a manutenção da integridade óssea é afetada pela exposição continuada ao álcool. Isto acarreta em uma menor densidade mineral e aumenta o risco de se ter osteoporose. Este é mais um entre muitos motivos para você rever os seus conceitos sobre as bebidas alcoólicas”, diz o ortopedista.

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