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Fraturas provocadas pelo uso recreativo de trampolins são mais comuns do que você pode pensar

Trampolins utilizados em esportes ou para atividades de lazer devem contar sempre com supervisão adequada e medidas local de segurança no local 



Hoje é cada vez mais frequente o uso de trampolins em academias para atividades que minimizam os impactos, ou até mesmo em casa, como atividade de lazer para crianças. Infelizmente, as pessoas não costumam conhecer os riscos associados a esta atividade, quando feita de maneira não supervisionada, principalmente por crianças e adolescentes.

No começo é tudo diversão, brincadeira, até que alguém se machuque... E um novo  estudo  mostra que os trampolins são responsáveis por uma grande quantidade de fraturas ou dores em crianças.

Segundo a pesquisa americana, mais de 1 milhão de pessoas foram atendidas em serviços de emergência devido a acidentes provocados pelo uso do trampolim, entre 2002 e 2011. Cerca de 300 mil dessas lesões envolveram fraturas.

E o custo destas lesões acaba sendo muito alto para o sistema de saúde. O estudo, publicado no Jornal de Ortopedia Pediátrica, mostrou que o total das despesas devido a acidentes com trampolins foi de US $ 1 bilhão, sendo mais de US $ 400 milhões para as fraturas especificamente.

“A maioria das fraturas relacionadas com trampolins ocorreram em crianças. 92,7% ocorreram em pessoas com 16 anos de idade ou menos”, informa o ortopedista Caio Gonçalves de Souza (CRM-SP 87.701), médico do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Mais de metade dos ossos fraturados eram nas extremidades superiores: 59,9%, enquanto 35,7% estavam nas extremidades inferiores. As fraturas mais comuns na extremidade superior foram do antebraço (37%) e do cotovelo (19%), enquanto as mais comuns nos membros inferiores foram na perna (39,5%) e no tornozelo (31,5%).

“As fraturas envolvendo a coluna vertebral foram mais raras de acontecer (compreendendo cerca de 1% das fraturas), assim como as de crânio ou face (compreendendo 2,9% das fraturas)”, afirma o ortopedista.

Os pesquisadores também descobriram que a idade média dos pacientes com lesões no tronco ou nas costas foi significativamente maior que a média de idade das lesões nos membros inferiores ou superiores: 16 anos, contra 09 anos de idade.

"O que indica que os adolescentes, provavelmente, estão saltando mais alto e com mais força. O que é muito natural, pois os adolescentes, naturalmente, correm mais riscos. Crianças menores podem não entender os potenciais resultados de suas ações, mas não são tão impetuosas quanto os adolescentes", diz o ortopedista, Caio G. Souza, que também é professor de Ortopedia da Faculdade de Medicina na Uninove.

De acordo com dados do estudo, a maioria das fraturas (95,1%) ocorreu em casa, o que reforça a importância de um comunicado, emitido, em 2012, pela Academia Americana de Pediatria contra o uso doméstico do trampolim. No texto, a entidade recomendava que  os pediatras devem "aconselhar os pais e as crianças a não usar o trampolim nos momentos de  lazer."

Para o ortopedista Caio G. Souza, é muito importante compreender que "o trampolim não é um brinquedo. Diante de tantos riscos de fraturas, recomendamos que crianças e adolescentes não façam uso desse equipamento sem a permanente supervisão de um adulto. É preciso  educar a família toda, não apenas a criança e o adolescente”, diz o médico.



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