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Biomecânica da Articulação Temporomandibular


A articulação temporomandibular (ATM ) é uma das mais nobres articulações do corpo humano. Por sua complexidade, está sujeita a uma série de interferências e depende da estabilidade anatômica e funcional de todo o Sistema Estomatognático, que vamos conhecer um pouco mais adiante.

Sistema Estomatognático

O Sistema Estomatognático caracteriza-se como um conjunto de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns, tendo como características constantes a participação da mandíbula. Com todos os sistemas, tanto o estado de saúde como o de enfermidade ele pode influir sobre o funcionamento de todo o corpo (DOUGLAS, 2004).

Diferentes tecidos e órgãos fazem parte dele e, habitualmente, divide-se em dois grandes grupos. O primeiro é o das estruturas estáticas ou estruturas passivas, que tem como principal característica o gasto de energia que não é feito por seus constituintes durante a realização das suas funções estomatognática específicas.  Fazem parte deste grupo ossos como a própria mandíbula, hióide, coluna vertebral cervical, ATM, dentes, até mesmo tendões ligamentos, aponeuroses, além da mucosa oral. O outro grupo é o das estruturas dinâmicas ou ativas que envolvem as demais estruturas que utilizam ATP para a realização da sua função estomatognática, dentre elas os músculos.

Considera-se sobre o ponto de vista funcional, que o sistema estomatognático está constituído por quatro elementos básicos: a articulação temporomandibular, componente neuromuscular, superfícies e pressões oclusais e periodonto. Estes elementos precisam funcionar separadamente de acordo com as suas propriedades funcionais e seus sistemas específicos de controle, porém também exige uma inter-relação harmônica entre eles, no final leva a homeostase estomatognática que tem uma alta eficiência.

Existem três funções principais do sistema estomatognático: a mastigação, deglutição e fala, além de auxiliar na respiração e na expressão das emoções.

Abaixamento e elevação da mandíbula - o movimento se inicia com a rotação pura do côndilo, depois para continuar a abertura a rotação ocorre juntamente com a translação. A depressão da mandíbula é feita pelos pterigóideos laterais ajudados pelo digástrico. Na abertura da boca, o osso hióide se mostra pouco, os músculos gêniohióide e milohióide fazem ponto fixo nele, para colaborar com o digástrico no abaixamento da mandíbula.

Na elevação os músculos atuantes são: masséter, pterigóide medial e temporal.

Movimento de protrusão e retrusão - a protrusão simétrica da mandíbula é efetivada pelos músculos pterigóides laterais a partir dos músculos elevadores, principalmente o temporal, como coadjuvante desse movimento, no sentido de manter a mandíbula elevada enquanto ela se desloca para frente.No movimento inverso, ou seja, no movimento de retrusão, ainda sob assistência dos elevadores funcionam efetivamente o músculo digástrico e porção posterior do temporal.

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