As Cadeias Fisiológicas


As cadeias fisiológicas

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São os circuitos anatômicos através dos quais se propagam as forças organizadoras do corpo. 

O grande diferencial do método é integrar toda a anatomia da cabeça aos pés. 
Está baseado em um exame completo que coloca em evidência os pontos de tensão em diferentes partes do corpo, ao nível de cada uma das cadeias. É aplicado em seguida um método de tratamento manual : 


- para liberar as zonas de tensão 

- devolver uma boa mobilidade tissular às diferentes cadeias 

- devolver uma melhor função. 

- devolver uma melhor estática. 

O conjunto das funções corporais são então naturalmente programadas. 

Nosso trabalho é simples: eliminar ao máximo as tensões estruturais parasitas que são a base das disfunções, das deformações e das dores. 

Um método pra todos 


Permite o tratamento de pacientes desde o nascimento até uma idade bem avançada : 

- os recém natos para que estejam bem em seus corpos após as tensões geradas pelo nascimento: deformações, "torcicolos congênitos", estrabismo, regurgitações, choros , perdas de sono, etc... 


- as crianças que apresentam deformações: dos pés, joelhos, hiper cifoses e lordoses, escolioses, deformações torácicas, "dores do crescimento", problemas otorrinolaringológicos, respiradores orais (bucais), má oclusão, problemas de acomodação visual, problemas de concentração, etc...



- aos desportistas para melhorar a confiabilidade e a perfomance. - as pessoas ativas, de idade, sedentárias, no intuito de prevenir ou atenuar as disfunções físicas, orgânicas assim como os efeitos da artrose. 


7 cadeias para o tratamento completo 



O entendimento fornecidos pela análise global das cadeias musculares podem desenvolver um tratamento personalizado que aborda um simples, abrangente e coerente com a disfunção, as deformações, a dor que as assinaturas são problemas lógicos de nossos pacientes.


Os circuitos anatômicos que geram a estática, a dinâmica e as compensações.

Existem dois tipos de Cadeias :
As cadeias dinâmicas : musculares 
1 – As cadeias musculares de flexão
2 – As cadeias musculares de extensão
3 – As cadeias cruzadas de abertura
4 – As cadeias cruzadas de fechamento
As cadeias estáticas : conjuntivas
5 – A cadeia estática músculo-esquelética
6 – A cadeia estática neurovascular
7 – A cadeia estática visceral

O Tratamento

Simples, concreto e global, que tem por propósito retirar ao máximo as tensões parasitas que são a base das disfunções, deformações e dores. O resultado do tratamento é devido ao tratamento realizado por uma intervenção qualitativa do terapeuta, o corpo realiza uma parte importante da recuperação graças a programação de suas diferentes funções.

As Técnicas

Elas são essencialmente baseadas sobre um relaxamento e posturas na busca de uma liberação afim de reprogramar o bom funcionamento das cadeias fisiológicas.

As sessões

Possuem uma duração de 45 a 60 minutos de acordo com o problema do paciente.

A Frequência

O tratamento completo se faz em um ritmo de uma vez por semana. Este trabalho de qualidade atinge o corpo em sua profundidade e demanda ao mesmo um tempo de assimilação e de regulação própria.

A Manutenção

Quando o tratamento é terminado, é aconselhado a realização de sessões de manutenção que deverão ter um espaço de 1 a 3 meses. O corpo possui uma memória tecidual e este trabalho periódico é o melhor tratamento preventivo.


As Cadeias Musculares

Efetivamente o conhecimento bibliográfico da anatomia óssea, muscular, visceral, neurológica não é interessante. O importante é de saber que a anatomia é resultante de uma função. Existe portanto além da anatomia um programa funcional.
As cadeias musculares representam as estruturas dinâmicas que têm a seu cargo a organização dinâmica do corpo.
Partindo desta constatação, todo o meu trabalho foi pesquisar como é que o conjunto dos músculos, além da sua função analítica, podia colaborar num projeto global para assegurar:
1- a estática,
2- o equilíbrio,
3- os movimentos.
A solução de um trabalho em cadeia da cabeça aos pés se transformaria uma pista incontornável.
História
A cadeia posterior - Mézières
Françoise Mézières foi a primeira fisioterapeuta a valorizar o trabalho em cadeia. Sua proposição foi determinante. Ela é a “mãe” dos vários métodos surgidos a partir dos seus ensinamentos. Mézières propôs unicamente uma cadeia posterior indo da cabeça aos pés. Essa cadeia posterior incluía apenas os músculos extensores. Os outros músculos haviam sido esquecidos na sua apresentação e nos seus escritos. Porém, quando a observávamos trabalhando, percebíamos que, intuitivamente, ela ia muito mais longe e tratava também os músculos do plano anterior. Pioneira nessa visão de tratamento, sua proposição teórica estava atrasada em relação a sua prática. 
As cadeias musculares e articulares - Struyf-Denys (GDS) 
Em seguida, uma colega, Godelieve Struyf-Denys, propôs uma organização mais completa com várias cadeias, a qual chamou de “as cadeias musculares e articulares”.
Reeducação Postural Global RPG Souchard
Nessa mesma época, Philippe Souchard tem a obrigação de se destacar do método Mézières, propondo seu próprio método, chamado RPG. Assim como os outros método citados, o RPG é interessante, mas a coerência global não me parecia evidente. 

A Evolução


Diplomado em osteopatia, os diretores do “Collège Ostéopathique Sutherland” me convidaram para participar da equipe de professores. Eu escolhi lecionar sobre a organização e o tratamento das cadeias musculares, que denominei, em um primeiro momento, de eixos miotensivos, a organização e o tratamento do crânio. 

Essa escolha despertou a surpresa do diretor pedagógico, pois a relação entre os músculos e o crânio não era evidente. Entretanto, essa escolha veio da certeza que eu havia adquirido: o crânio é parte integrante do corpo e a dinâmica das cadeias deve envolvê-lo intimamente. 
Em 1979, eu não podia explicar como, mas isso fazia parte do desafio em que eu me fixava para os anos seguintes: 
. colocar em evidência a organização muscular dentro de um sistema de cadeias, 
. colocar em evidência a relação entre as cadeias musculares e o crânio. 
Para compreender minha abordagem, é necessário fazer as seguintes observações: Após as formações, o funcionamento do corpo guiado por um sistema de cadeias musculares se tornou uma evidência. Não estando satisfeito com as proposições dos meus colegas, eu não podia permanecer apenas com uma posição crítica, era necessário pesquisar e propor um outro modelo. 

Quando decidi iniciar tal trabalho, houve uma etapa muito marcante, que todos os autores de livros conhecem, que é estar só e diante de um bloco cheio de folhas em branco. Uma folha em branco dá a liberdade de escrever tudo, não importando o que se escreve. Constatei que era necessário evitar me perder em um trabalho intelectual. O objetivo não era fazer uma nova proposta personalizada. O projeto era: se as cadeias existem realmente, é unicamente pela leitura respeitosa da anatomia que devemos colocar em evidência sua existência”. Era necessário fazer, simplesmente, “a leitura da anatomia”. A proposição que havíamos feito, no final do processo, deveria ser: “o pleonasmo da anatomia funcional”. Para descobrir as cadeias, era necessário ter um “código de acesso”, “uma bússola” para não se perder. Essa bússola foi disponibilizada pelo livro “La coordination motrice (A coordenação motora)”, (Ed Masson) das senhoras Piret e Bézier (fisioterapeutas belgas). Nesse livro, as autoras falam de uma organização muscular a partir de um sistema reto e de um sistema cruzado. Imediatamente, essa proposição provocou um “clique” e eu tentei verificar se a organização muscular se inscrevia naturalmente nessas linhas retas e oblíquas. 

Foi uma verdadeira e maravilhosa descoberta perceber que os músculos se encaixam nesses circuitos em perfeita continuidade e direção de plano. Os detalhes e as originalidades da anatomia encontram uma justificativa simples para o encaixe funcional dos músculos. Nesse contexto, alguns músculos revelaram suas verdadeiras funções. Outra experiência interessante: quando eu me encontrava diante da folha em branco, com o desejo de não impor uma hipótese intelectual, decidi “provocar a anatomia”, prolongando a direção das cadeias para regiões que não haviam sido analisadas. Eu dizia para mim mesmo: “se o sistema de cadeias existe, a anatomia deve confirmar a continuidade do trajeto possuindo músculos que assegurem esse prolongamento”. E a cada momento, eu tinha mais uma confirmação. Da cabeça aos pés, eu nunca fui traído por essa “bússola”. Mesmo os músculos dos olhos e os músculos da articulação temporomandibular se integram perfeitamente nesses circuitos. 

Durante esse período de pesquisa, “o acaso da vida” fez com que eu tratasse vários atletas de alto nível que haviam recebidos diagnósticos médicos bastante pessimistas sobre seus casos. Esses diferentes desafios me obrigaram a imergir ainda mais na análise e tratamento das cadeias com o objetivo de resolver esses diferentes problemas desses jogadores internacionais. Meu consultório se transformou em um verdadeiro laboratório para testar minhas ideias. Paralelamente, a preparação dos cursos me obrigava a expor claramente o meu “saber-fazer”. Desde esse período, eu percebi que se instalou uma sinergia constante entre a prática do consultório e o ensinamento, um alimentando o outro e vice-versa. O ensinamento obriga a ser o mais claro, o mais preciso e o mais justo possível. O curso deve ser suportado por apoios que impõem um rigor de construção, de prática e de escrita. 

Na lógica dessa evolução, tornou-se rapidamente necessário perpetuar essas ideias pela escrita de livros, a fim de não permitir que as novas ideias pudessem ser deformadas ou incompreendidas. Escrever um livro é uma nova etapa de verdade e honestidade. Nós expomos todas as faces da proposição e ficamos “expostos” às críticas dos colegas. É uma etapa necessária para perceber se a obra vai no caminho do bom-senso e se terá o mérito de sobreviver ao longo dos tempos. Escrevi essas linhas em 2011 e, após a vista dos profissionais da área, as oito obras escritas sobre as cadeias passaram bem pelo teste.
A tela das cadeias musculares se tornava cada vez mais legível. Esse foi o período que editei o primeiro livro sobre as cadeias musculares do tronco. Contudo, no meu consultório, o tratamento de certos pacientes me mostrava programações de cadeias muito aberrantes, por exemplo, nos casos de: escolioses, deformidades torácicas, posturas antálgicas, periartrites escapuloumerais, desvios dos joelhos, subluxações de patela, modificações dos arcos plantares etc. Onde estava a lógica dessas deformações? Onde estava a lógica dessa aparente anarquia de tensões musculares? Era necessário se contentar em apenas desejar recuperar deformidades que permaneciam resistentes? 

O caso traumático se mostrava fácil de ser compreendido, mas os casos crônicos continuavam obscuros. Querer “endireitar um paciente” é parte de uma abordagem autoritária e relativamente “cega”. As posturas decorrentes dessa estratégia se referem ao alongamento e ao estiramento. As posturas realmente poderosas devem permitir a liberação dos músculos. Antes de querer “endireitar” ou equilibrar uma estática, é preciso fazer a mais importante das perguntas: por que o indivíduo não tem uma boa estática? Sempre há uma razão. Compreendi que não podemos dizer ao paciente “você está mal da coluna porque você tem uma má postura e eu vou lhe “endireitar”, porque um paciente com uma estática muito perturbada adotou a estática mais engenhosa e inteligente para acomodar seus problemas internos.

“Nós temos a estática que podemos e não a que queremos” (Dr Patrick TEPE). Assim, o trabalho feito para encontrar o “tratar” se faz pelas relações entre as cadeias musculares e a organização visceral. Tornava-se evidente aos meus olhos que o plano visceral, intracavitário, poderia governar não importa qual cadeia quando esse fosse o centro das tensões e do sofrimento. Essa nova etapa me levou ao entendimento das cavidades. A relação “contentor-conteúdo” se tornou clara e evidente. Foi o suporte para o desenvolvimento e aprofundamento do método das cadeias. “Contentor musculoesquelético e conteúdo visceral”. Em extensão, essa relação se aplica à relação psicossomática que é, na realidade, uma relação psicoviscerossomática. As tensões oriundas do nível psicológico penetram no corpo pelo plano visceral para, finalmente, somatizarem-se sobre o plano musculoesquelético. Não devemos nos confundir. Nossa competência se situa apenas no nível do tratamento manual das tensões estruturais somáticas. 

O nome do Método evoluiu. As cadeias musculares se tornaram as cadeias fisiológicas para melhor responder à organização das cadeias, que compreendem as cadeias dinâmicas musculares e as cadeias estáticas visceral e neurovascular. Um método para “evoluir” não deve se “diluir”.


Um método evolui para uma melhor síntese, a partir do momento que respeita escrupulosamente a anatomia e a fisiologia. O tratamento do bebê Foram necessários vários anos de maturação para poder abordar a pediatria. Um trabalho formidável foi realizado por Michèle Busquet-Vanderheyden. As bases estão expostas no volume 8 para que todos possam ter as “chaves de acesso” à lógica do tratamento do bebê.



O autor propõe uma formação com a presença do pediatra e do psicólogo. Esse será, nos próximos anos, o motor do progresso nesse domínio, onde o bebê não permitirá que nos enganemos, pois impõe uma excelência do terapeuta.

O relaxamento das cadeias musculoesqueléticas e viscerais terão, logicamente, uma repercussão sobre o plano psicológico. Uma vez liberadas as tensões somáticas, o tratamento de análise do psicólogo ou psiquiatra será melhor integrado pelo paciente.

O Método Busquet das cadeias fisiológicas permite ao corpo reencontrar seu equilíbrio e sua dinâmica. Ele trata as disfunções com o objetivo de recolocar o paciente em um equilíbrio funcional necessário para recriar uma dinâmica de saúde. A prática traz efeitos palpáveis tanto para o paciente quanto para o profissional que ministra os tratamentos. 
As hipercifoses/hiperlordoses são normalmente originadas de uma alteração na relação contentor (músculos) e conteúdo (sistema visceral). No caso em questão, o paciente apresentava uma importante zona de tensão sobre a região esofageana. Esta o levava a adotar uma posição de conforto através de um enrolamento do seu tronco. Este é alcançado através da superprogramação em um primeiro tempo das cadeias de flexão e, num segundo tempo, se necessário, das cadeias de fechamento do tronco. O reforço da musculatura posterior do tronco é contra-indicado nesses casos, sob o risco de levar à um aumento da pressão sobre os discos intervertebrais (forças de achatamento). O tratamento consiste então na análise e tratamento das tensões viscerais e, em seguida, na reequilibração das tensões musculares.
O Método se ocupa de igual forma das tensões que incidem sobre o crânio que podem gerar os estrabismos (convergentes, divergentes e verticais). Normalmente, em 80% dos casos, há uma boa aceitação através da intervenção pelo Método.
As deformidades do joelho podem ser vistas como reflexos das tensões abdomino-pélvicas. Nesta paciente que apresenta um falso valgo à direita, pudemos identificar uma congestão hepática que levou à superprogramação das suas cadeias de extensão e abertura. Após 1 sessão, em uma oficina prática de apresentação do método, pode-se perceber uma melhora significativa do alinhamento do membro inferior assim como a eliminação da sintomatologia no próprio joelho.
Agenda 2015



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