Acupuntura pode melhorar a enxaqueca em 94% dos casos


Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaléia, cerca de 15% da população brasileira sofre de enxaqueca. A acupuntura é um tratamento que pode ajudar a melhorar a doença. De acordo com um estudo publicado pelo Lia Oning Journal of Traditional Chinese Medicine, 94% das pessoas que sofriam de enxaqueca tiveram melhora com o tratamento de acupuntura. "A técnica eleva a serotonina e libera endorfinas, provocando uma sensação de bem estar e relaxamento e aliviando a dor", explica a Dra. Alessandra Bannwart, fisioterapeuta da Clínica Contato. 

A duração da dor provocada pela enxaqueca pode variar de horas a dias, e ser sentida em diferentes locais da cabeça, como face, nuca e dentes. Essas dores podem ser acompanhadas de enjôos, vômitos, azia, falta de apetite, olhos vermelhos, lacrimejamento, alergias respiratórias, humor alterado, disfunção intestinal, tonturas, formigamentos, sudorese excessiva e dores no peito que se confundem com a síndrome do pânico. "Algumas pessoas possuem uma dor tão intensa que precisam ficar isoladas no escuro e no silêncio", diz a fisioterapeuta. 

A doença pode ser causada por alterações na coluna cervical como má postura, artrose e outras que comprimem os nervos presentes na coluna e são irradiadas para a cabeça. "Más formações congênitas também podem afetar o cérebro e a hemodinâmica cerebral, diminuindo o suprimento sanguíneo para o cérebro, causando dores de cabeça ou enxaqueca", esclarece a Dra. Alessandra Banwart. Alguns alimentos como queijos, frutas cítricas, banana, carne seca, feijão, pizza, chá, cafeína, chocolate, vinho tinto e cerveja também podem ajudar a desencadear a enxaqueca. 

Para iniciar o tratamento com acupuntura é feita uma avaliação do paciente. "O tratamento é individual e depende de cada diagnóstico. São investigados aspectos relativos a alimentação, urina, sede, intestinos, estômago, fatores emocionais, entre outros", afirma a especialista. As sessões de acupuntura são realizadas uma vez por semana. Porém, essa freqüência, assim como a duração do tratamento, dependem de cada paciente. "Em alguns casos, o tratamento é associado com profissionais de outras áreas da saúde. Quando a pessoa possui alterações de coluna, por exemplo, é orientada uma consulta com ortopedista para exames complementares. E, se necessário, em seguida é encaminhada a um trabalho de reabilitação ortopédica", diz a Dra. Alessandra Bannwart. 

Fonte: FisioterapiaAtual

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